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Marcelo Lima e a Ferrer Corsets no Profissão Moda

Você acredita na sorte?

Hoje inauguramos uma nova seção aqui no Profissão Moda: Pé Direito. Nela, escolhemos profissionais que alcançaram o sucesso rapidamente e os questionamos: até que ponto o fator sorte é – ou não – determinante em sua carreira? Sorte existe de fato?

O primeiro entrevistado é Marcelo Lima, jovem cearense designer de corsets que está dando o que falar no mercado desse segmento. O sucesso chegou cedo: ele só tem 22 anos. Sorte, suor, os dois? Confira!



Marcelo começou a se interessar por moda com 15 anos. Aos 18, fez sozinho seu primeiro corset. Dois anos depois, em 2008, venceu o Concurso de Novos Talentos do FMF (Festival da Moda de Fortaleza) – ainda como autodidata. No ano passado, entre 300 pessoas, foi selecionado por Dita Von Teese para conhecê-la pessoalmente em São Paulo. Hoje, aos 22, estudante de Design de Moda, é uma das poucas pessoas no mundo que domina as técnicas de construção da peça e é dono da Ferrer Corsets – grife especializada em espartilhos que, em menos de um ano, cresceu 400%.



A construção de um corset demanda medidas específicas de cada pessoa. Afinal, o mito de que seu uso, a longo prazo, transforma a silhueta é verdadeiro:

“Os dois últimos pares de costelas flutuantes e parte do tecido adiposo da região abdominal não são eliminados, mas migram. Até órgãos internos acabam mudando de lugar – por isso a importância de ser feito inteiramente sob medida, já que a pressão deve ocorrer nos locais certos, sem perigo de prejudicar a saúde”, conta ele.

O resultado? No mínimo 10 cm a menos de cintura, além de postura ereta e valorização do busto e dos quadris – sem cirurgia.



Marcelo acredita que tudo que já alcançou seja fruto de seu trabalho (além de costurar e modelar, ele administra pessoalmente todas as áreas da empresa) – mas não tira os méritos do fator sorte, sobretudo por ter escolhido apostar em um ramo tão restrito. Já no seu primeiro desfile, em 2008, ensaiou e coreografou as passadas das modelos de acordo com o tamanho da passarela e a trilha sonora dias antes do evento. O problema foi descobrir, segundos antes do desfile começar, que a entrada das modelos seria pelo lado contrário ao dos ensaios.


“Na hora, bati o pé e defini que o lado não seria o mesmo dos outros competidores. Se a entrada tivesse sido alterada, a teatralidade, marca principal do desfile, provavelmente teria sido abalada – e, não raramente, são os detalhes que fazem a diferença.”




A experiência de conhecer Dita Von Teese é uma das que mais emociona Marcelo. “Participei de um concurso divulgado pela própria Dita. Gravei um vídeo mostrando o meu trabalho e dizendo o quanto gostaria de vê-la pessoalmente. Entre 300 concorrentes, fui o escolhido!”, lembra ele, que entregou um corset como presente à performer em São Paulo e, além de elogios, recebeu uma carta de agradecimento.





O jovem corsetier estuda Design de Moda em Fortaleza e, além de se dedicar à paixão pelos corsets, desenvolve uma linha de demi-couture com assinatura própria. Já fez três vestidos de noiva e vende mais de 40 modelos por mês – exportando, inclusive, para países como Inglaterra, Espanha e Portugal. Pretende, em breve, fazer cursos em Paris e continuar crescendo. Ele acredita que tudo acontece na hora certa, quando realmente deve acontecer.

“Já me descobriram em momentos inexplicáveis! A cada mês, são novos acontecimentos: tudo tem acontecido muito rápido!”. Mas deixa uma dica: “Jamais se torne dependente da sorte. Ela existe e acontece, mas você deve fazer sua parte e estar pronto para o momento. Além disso, é necessário ficar sempre atento e não deixar a oportunidade passar”.



Anotou?

Sorte de principiante?

Em séculos anteriores, espartilhos eram peças obrigatórias da indumentária feminina e, por isso, costumavam remeter a uma imagem de submissão, aprisionamento e tradicionalismo. Em 2010, já não é assim.

Antes de acessório fetichista, o corset (não confundir com corselet, peça menos estruturada e sem a mesma função) virou sinônimo de elegância – e, claro, de poder, decisão e autonomia. “A maioria das clientes do Sudeste costuma usar o corset aparecendo, por cima da roupa mesmo, como blusa, enquanto que aqui pelo Nordeste a peça é mais usada por baixo, a fim de definir a silhueta de forma menos explícita”, explica ele.

autor: Gabriel Sanchez
fotos: Diego Moreno/Marcelo Lima/Reprodução
fonte: Profissão Moda


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Fiquei tão feliz com esta materia que tinha que postar aqui, parabéns viu Marcelo te desejo tudo de bom e muito muito sucesso e felicidade!!!

Ah e pra quem ainda não conhece o trabalho do Marcelo (Ferrer Corsets) contei um pouco aqui, e você pode ver mais trabalhos no site da Ferrer Corsets, clique aqui.
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